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Camping selvagem


Em primeiro lugar, esclarecendo: quem fala é a Clara, fui eu que me machuquei e fiquei fora de combate uns 10 dias. Estamos nesta noite de segunda-feira em Cruzília, depois de um pedal de quase 60km desde arredores de Carrancas. No domingo, chegamos em Carrancas vindo de Capela do Saco. No almoço, conhecemos a Cris e a Inês, irmãs paulistas que estão fazendo a Estrada Real, a primeira de bike e a segunda de carro de apoio. Combinamos encontrá-las na manhã seguinte para irmos juntos pelo menos um trecho. Na noite de domingo, acampamos num embarcadouro de gado a 10km de Carrancas, na porta do Sr. Procópio, onde passamos um frio danado e os cães, à noite, roubaram nosso resto de frango.

A Cristina de Barros viaja em campanha pelo exame preventivo contra câncer de útero e outras doenças, é uma potência no pedal e deu uma canseira em nossos pedaleiros - só o Rogério e o José conseguiram acompanhá-la. Hoje, viemos mais ou menos juntos e amanhã não sei se conseguiremos alcançá-las - é que elas saem mais cedo, são mais disciplinadas que nós.

Beijus!

ps - Na foto acima, o pôr-do-sol à beira da represa que separa Caquende de Capela do Saco, que atravessamos de balsa (foto Clara Arreguy)


Postado por Dá Pedal, segunda-feira, junho 30, 2008.


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Comments:
oi Clara, Paulo, todos: UAU! está uma belezura esse diário! rs. sensível e divertido. Leopoldo me falou q vcs estavam nessa aventura e vim aqui saudá-los!boa sorte, sempre! muitos beijos e abracinhos quentes, Adriana Borges.
vejam o que achei no pedrodoria:
Viver é muito perigoso… Porque aprender a viver é que é o viver mesmo… Travessia perigosa, mas é a da vida. Sertão que se alteia e abaixa… O mais difí­cil não é um ser bom e proceder honesto, dificultoso mesmo, é um saber definido o que quer, e ter o poder de ir até o rabo da palavra.

Viver é muito perigoso… Querer o bem com demais força, de incerto jeito, pode já estar sendo se querendo o mal, pôr principiar. Esses homens! Todos puxavam o mundo para si, para o concertar consertado. Mas cada um só vê e entende as coisas dum seu modo. Montante, o mais supro, mais sério… Só se pode viver perto do outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura. Deus é que me sabe.

(Riobaldo, cá entre nós, é que era jagunço sábio. Nonada.)
 
Clarinha e guris... Estou acompanhando de longe a aventura de vocês, babando de vontade de estar aí e torcendo sempre para q o caminho seja sempre suave e belo... Amo vocês!!!
 
As fotos, como sempre, estão fodásticas, o pôr-do-sol tá realmente uma pintura, mas não posso negar um certo alívio em ter escapado do camping selvagem, ehehehe!
mas cês deram um estirão mesmo, hein? que beleza!
é dá pedal, u-hu! :-)
 
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